Doença infecciosa que mais mata no Brasil, superando o HIV/AIDS, a tuberculose está no centro das discussões até o dia 30 de março, durante a Semana de Mobilização “Unidos pelo fim da tuberculose”, que reúne palestras, mesas-redondas e debates em diversos locais de Salvador. Organizada pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), juntamente com diversos parceiros, entre os quais as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), a iniciativa é voltada para profissionais e estudantes da área de saúde e marca a passagem do Dia Mundial da Tuberculose, em 24 de março. Entre os temas abordados estão prevenção e controle da tuberculose, inovações no tratamento e enfrentamento para o fim da doença. Para ter acesso ao evento basta doar 1 Kg de alimento não perecível, que deve ser entregue no próprio local onde for ocorrer a atividade de interesse (confira abaixo a programação). Os itens arrecadados serão direcionados para a OSID, Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM) e Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), para serem repassados aos pacientes com tuberculose. Mais informações pelo telefone (71) 3116-0079.

A tuberculose é um grave problema de saúde pública mundial e milhares de pessoas ainda adoecem e morrem devido à doença e suas complicações. A nova estratégia global para enfrentamento da enfermidade, da Organização Mundial de Saúde (OMS), prevê um mundo livre da tuberculose até o ano de 2035. O Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo e, desde 2003, a doença é considerada como prioritária na agenda política do Ministério da Saúde. Embora seja uma enfermidade com diagnóstico e tratamento realizados de forma universal e gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda há barreiras no acesso e acontecem aproximadamente 69 mil novos casos e 4500 óbitos a cada ano no país, tendo como causa básica a tuberculose. O Brasil se alinha à OMS no sentido de acabar com a tuberculose como problema de saúde pública no país, com a meta de registrar menos de 10 casos por 100 mil habitantes até 2035. O desafio na Bahia também é grande. O estado é o terceiro do Brasil com maior número de casos da doença, com 4500 casos novos e 400 óbitos anualmente. Entre as populações mais vulneráveis estão as pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, indígenas, quilombolas e portadores de HIV/AIDS.

Programação - Semana de Mobilização Unidos para o fim da tuberculose  

Dia 24, às 8h30
Debate: Hospital Especializado Octávio Mangabeira (HEOM): novo perfil do hospital e assistência ao paciente com tuberculose.
Local:  Auditório do HEOM (Pau Miúdo)       

Dia 24, às 8h30    
Palestra: Tuberculose / HIV
Local: Auditório do Hemoba (Brotas)       

Dia 24, às 9h    
Palestra: Controle da tuberculose no sistema prisional.
Local: Auditório do Centro Administrativo da Bahia (CAB)       

Dia 29, às 8h30    
Palestra: Sensibilização para a tuberculose.
Local: Casa de Apoio da Defensoria Pública (Jardim Baiano)       

Dia 30, às 8h    
Mesa-redonda: Tuberculose multirresistente 
Local: Auditório do Hospital São Rafael (São Marcos)