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Se tudo correr como planejado, daqui a dois anos Campina Grande, um dos municípios mais populosos da Paraíba, vai ganhar reforço humanizado no atendimento às demandas de Neuropediatria. Com esta determinação, a médica pediatra Eveline Silveira Leite, 26, deixou a cidade para ingressar no programa de Residência Médica do Hospital Santo Antônio (HSA), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em Salvador. Maior que a saudade da família, sobretudo do irmão, portador de Síndrome de Down – sua “grande inspiração”, como ela mesma diz –, é a motivação para se lançar nesta jornada de aprendizado na área que escolheu para se especializar.
A futura neuropediatra passa a integrar o grupo de 179 novos profissionais que estão iniciando a Residência Médica nos 19 programas de especialização oferecidos nas Obras de Irmã Dulce, considerada referência em Ensino de Saúde na Bahia, não só pela excelência de seus preceptores e pela estrutura hospitalar que oferece aos alunos, como pelo atendimento humanizado aos pacientes. O traço que distingue a instituição, sobretudo em meio aos temas que mobilizam a pauta de saúde no país, foi sublinhado nos discursos de boas-vindas aos novos residentes, na última quinta-feira (7), durante o evento realizado no auditório do CEPPAJ - Centro de Ensino e Pesquisa Professor Adib Jatene, na sede da OSID, que contou com a presença da superintendente, Maria Rita Pontes, de líderes, gestores e colaboradores da instituição.
Quem chega aos programas de Residência Médica da OSID é logo apresentado ao legado de Irmã Dulce, que desde a fundação da instituição deu ênfase à relação de cuidado e amor com os pacientes do hospital. Valores como o “Amar e Servir” estão naturalmente inseridos neste caminho de aprendizado. Como frisa o assessor de Ensino e Pesquisa, Sandro Barral, “é importante transmitir a eles mais do que os conhecimentos técnicos. Nesta formação, a gente pode estar moldando os profissionais do futuro da instituição, ou seja, aqueles comprometidos com a filosofia da Obra, com o legado de Irmã Dulce”. Desse modo, é possível compreender a relação de parceria que nesta experiência contribui para que cada residente aprenda a “arte de ser médico e médica”, como observa a Dra. Vera Azevedo, que coordena a Residência em Anestesiologia do HSA e a Comissão de Residência Médica - Corema.
O perfil de hospital humanizado do HSA se afina com os interesses tanto de jovens médicos em início de carreira, como de profissionais como a médica Lorena Cal, 33, que havia escolhido as Obras de Irmã Dulce para fazer a primeira residência, em Pediatria, e agora ingressa em sua segunda, preenchendo uma das quatro vagas para a especialização em Neuropediatria. “Para mim, que associo à medicina o gesto de cuidar, vejo que o hospital de Irmã Dulce nos oferece a experiência real com a fluência destes aspectos mais humanos, de ajudar o paciente e, em contrapartida, de receber o seu carinho”.
Foi exatamente este “olhar diferenciado para o paciente” que trouxe de Natal a médica Isabele Savana Melo, 30, para a especialização em Anestesiologia. A experiência de estágios em hospitais filantrópicos do Rio Grande do Norte impactou decisivamente em sua opção de fazer Residência Médica no hospital de Irmã Dulce, já que considera uma oportunidade de aprofundamento profissional e também de crescimento pessoal.
A expectativa dos preceptores é que os novos residentes aprendam a articular o conceito de “humanização” no dia a dia da instituição, frente aos desafios que certamente irão enfrentar em sua prática, seja na área de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Anestesiologia, Mastologia, Ortopedia e demais especializações oferecidas. Neste sentido, vale anotar a orientação da médica Cinthia Almeida, líder técnica do HSA: “O bom profissional é o que desenvolve uma comunicação clara com seus pacientes, isto é, uma boa relação”.