Obras Irmã Dulce inauguram nesta sexta-feira a 1ª etapa da Unidade Dona Dulce
As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) inauguram nesta sexta-feira (15), às 10h, na sede da entidade (Avenida Bonfim, Largo de Roma), a primeira etapa da Unidade Dona Dulce Lopes Pontes. Com novos leitos, o espaço, batizado em homenagem à mãe de Irmã Dulce, é voltado para o acolhimento a pacientes com câncer já em tratamento na instituição do Anjo Bom da Bahia. De acordo com Ana Lívia da Costa, líder da unidade, além de garantir maior conforto e comodidade aos pacientes oncológicos, o projeto de reformulação contemplará ainda a aquisição de novos equipamentos, a exemplo de monitores cardíacos, desfibriladores, Raio-X portátil e macas.
A construção da Unidade Dona Dulce vem mobilizando campanhas para arrecadação de recursos junto à sociedade; ações essas que contam com o apoio de padrinhos como o ator Paulo Gustavo, o Movimento Musical Alavontê e a Rede Amigas de Dulce – grupo formado por mulheres de diferentes áreas de atuação que atuam de forma voluntária na organização de iniciativas em prol da OSID. Os interessados em contribuir com o projeto do novo espaço podem fazer sua doação via conta bancária: Banco Bradesco / Agência 2864-9 / Conta Corrente 451-0.
Irmã Dulce e suas obras – Em 26 de maio de 1914 nascia, na cidade de Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. A preocupação com as questões sociais, além da vocação para atuar em benefício da população mais carente, começou a se manifestar já no início da adolescência, quando, aos 13 anos de idade, Maria Rita já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, a jovem ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). No mesmo ano, recebe o hábito e adota, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Entre os episódios mais marcantes da trajetória de amor e serviço da religiosa, está a ocupação, em 1949, de um galinheiro ao lado do convento em Salvador, após autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação da OSID, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde com atendimento 100% gratuito do Brasil, com 4,5 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pacientes sociais, crianças e adolescentes em situação de risco social, dependentes de substâncias psicoativas e pessoas em situação de rua. Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio. Em 2011 foi beatificada e está atualmente em processo de canonização. Para ser canonizada (declarada Santa) é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à beata.