Jogos de vídeo game contribuem para reabilitação de pacientes nas Obras Irmã Dulce
Movimentos como levantar e abaixar os braços e pernas, alongar e caminhar por corredores de clínicas e hospitais estão incluídos na rotina das pessoas que fazem fisioterapia e são fundamentais para a reabilitação, fortalecimento dos músculos e articulações, equilíbrio, estímulo dos reflexos e promoção da recuperação eficaz dos pacientes. Para tornar as atividades terapêuticas mais lúdicas e estimulantes, o Serviço de Fisioterapia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) passa a contar agora com jogos de vídeo game com realidade virtual para auxiliar nas sessões, ferramenta que permite a interação por meio de gestos e movimentos e entra como complemento no tratamento, principalmente para pacientes neurológicos com limitações funcionais. A novidade chega à OSID graças ao empresário Fernando Mesquita e aos voluntários mirins da instituição da Mãe dos Pobres. Com a verba que Fernando doa regularmente para a entidade, o garoto Gabriel Weber e outros anjinhos identificaram dessa vez a necessidade do Serviço de Fisioterapia e, apadrinhando a ação, adquiriram o vídeo game, além de jogos variados e a TV de 49 polegadas.
No campo da reabilitação neurofuncional, a realidade virtual já é considerada uma real oportunidade de complementar a terapia convencional em pessoas que convivem com variadas limitações físicas e cognitivas. Além de o cenário virtual ser uma maneira mais lúdica de aplicar os exercícios, com um sistema imersivo e interativo, o aparelho de vídeo game utilizado conta com a tecnologia de sensor de movimento, capaz de escanear e reconhecer os gestos do indivíduo e inserí-los no contexto. “É um novo método de tratamento que vai beneficiar os pacientes, principalmente aqueles com lesões neurológicas que têm algum déficit sensitivo ou perceptual que não conseguem executar movimentos de forma voluntária ou com precisão. No ambiente virtual, conseguimos realizar o treino funcional de forma mais realista, estimulando movimentos cotidianos e assim os pacientes conseguem executar atividades do dia a dia de forma ativa, como tomar banho e se alimentar. A tecnologia traz um ganho funcional enorme e acelera o processo de reabilitação”, destacou a coordenadora do Serviço de Fisioterapia das Obras Sociais, Elenir Fortes, durante a inauguração da ferramenta, no último dia 25, que contou também com as presenças da superintendente da instituição, Maria Rita Pontes, de voluntários mirins, profissionais e pacientes.