Milhares de fiéis se reunirão para as homenagens em memória pelos 31 anos de falecimento de Irmã Dulce
No próximo dia 13 de março, milhares de fiéis, peregrinos e demais admiradores da vida e obra de Santa Dulce dos Pobres estarão reunidos em Salvador, no Santuário da primeira santa brasileira (Avenida Dendezeiros do Bonfim), para as homenagens em memória pelos 31 anos do falecimento do Anjo Bom do Brasil. A Páscoa definitiva da Mãe dos Pobres, assim como sua trajetória de amor e serviço aos mais necessitados, será relembrada em missas programadas para as 7h, 8h30,12h e 16h. A celebração das 8h30, que será presidida pelo Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Marco Eugênio, reunirá também profissionais, pacientes e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) – instituição fundada pela freira baiana e que abriga um dos maiores complexos de Saúde do país com atendimento 100% gratuito.
As homenagens do dia 13 incluem ainda o Terço pelo Caminho da Fé, uma procissão que ocorrerá após a missa das 16h, saindo do Santuário Santa Dulce dos Pobres até a Igreja do Senhor do Bonfim. Durante a agenda acontecerá também a Novena Perpétua de Santa Dulce dos Pobres, após as missas das 8h30 e 16h. As cerimônias poderão ser assistidas tanto de forma presencial quanto através das redes sociais: Instagram e Facebook (@santuariosantadulce) e YouTube (santuariosantadulcedospobres).
Como gesto concreto e em atenção ao tema da Campanha da Fraternidade de 2023, “Fraternidade e Fome”, o Santuário convida todos os fiéis, visitantes e devotos do Anjo Bom a trazerem alimentos não perecíveis, que serão destinados às ações sociais da Igreja.
OBRAS SOCIAIS – Fruto da trajetória de amor e serviço do Anjo Bom, as Obras Sociais Irmã Dulce acolhem hoje cerca de 3 milhões de pessoas por ano na Bahia, principalmente o pobre, o doente, o mais necessitado. Com atuação nas áreas da Saúde, Assistência Social, Pesquisa Científica, Ensino em Saúde e Educação, a instituição acolhe idosos, pacientes oncológicos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pessoas em situação de rua, usuários de substâncias psicoativas, crianças e adolescentes em situação de risco social, entre outros públicos. Para manter todo esse legado de amor e serviço, a OSID, que realiza 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano na Bahia, precisa cada vez mais das doações.
É possível ajudar a instituição doando através da chave PIX [email protected]. Quem tiver interesse pode se cadastrar também no programa Sócio-Protetor, doando mensalmente às Obras Sociais. Mais informações sobre como ajudar a OSID podem ser obtidas através do telefone (71) 3316-8899, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h30; ou através do site: www.irmadulce.org.br/ajuda.
SANTA DULCE – Irmã Dulce nasceu em 26 de maio de 1914, em Salvador, tendo recebido o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes. Aos 13 anos, já acolhia mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família – na Rua da Independência, 61, no bairro de Nazaré, em um centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, tal o número de carentes que se aglomeravam a sua porta. Em 1933, Maria Rita ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. No mesmo ano, no dia 13 de agosto, recebe o hábito de freira e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
No dia 26 de maio de 1959, Santa Dulce funda oficialmente a OSID. As raízes da instituição datam de 1949, quando Irmã Dulce, sem ter para onde ir com 70 doentes, pede autorização a sua superiora para abrigar os enfermos em um galinheiro situado ao lado do Convento Santo Antônio, na capital baiana. O episódio fez surgir a tradição de que o maior hospital da Bahia nasceu a partir de um simples galinheiro.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos. A religiosa baiana foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, tornando-se assim a primeira santa nascida no Brasil. O processo de Canonização de Irmã Dulce foi o terceiro mais rápido da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa).