Viva São João! Alegria e emoção marcam o Encontro das Quadrilhas Terecoteco e Renascer
A alegria e a reverência à cultura nordestina marcaram o Encontro das Quadrilhas Terecoteco e Renascer, nesta terça, na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). A animação dos quadrilheiros contagiou osidianos e osidianas que lotaram o Pátio das Ambulâncias para assistir às apresentações especiais regadas a muito xaxado, forró, xote e baião. Além de mostrar a riqueza regional, o evento destacou a importância da instituição fundada por Santa Dulce dos Pobres em promover desenvolvimento, inclusão social, autonomia, socialização e cidadania de idosos e pessoas com deficiência.
Formada por pacientes e moradores do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) e do Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência (CAPD) das Obras Sociais Irmã Dulce, a Terecoteco trouxe como tema este ano “Do Engenho do Rancho Fundo à Feira Livre”. Para o educador físico do CAPD e puxador da quadrilha, José Carlos Sobrinho, que está há mais de 20 anos à frente da Terecoteco, “a quadrilha é um espaço para a pessoa com deficiência mostrar que pode ser incluída e viver como cidadão. É extraordinário o efeito terapêutico”. Rosângela Almeida, há quatro anos integrando a quadrilha junto com o filho, Bruno, antigo paciente do CER IV, se sente bem em participar, “pois ele gosta de movimentação e eu também gosto de estar junto”.
Já a Quadrilha Renascer, formada por pacientes do Centro de Geriatria e Gerontologia das Obras Sociais Irmã Dulce, trouxe este ano a proposta de levar uma mensagem de alegria e esperança. “A cada ensaio a gente trabalha a questão motora, o equilíbrio e a percepção corporal. O propósito desse ano foi levar essa alegria e essa disposição dos idosos para as pessoas”, explica a puxadora da quadrilha, a fisioterapeuta Patrícia Oliveira, uma das técnicas da equipe multidisciplinar que acompanha os idosos do grupo. Integrante da Renascer há dois anos, Ana Maria de Santana encontrou no grupo o apoio que tanto precisava. “Aqui estou me curando de uma depressão e faço também acompanhamento psicológico, então estar aqui para mim é maravilhoso”, declara.
A ideia de fazer uma confraternização entre as quadrilhas e criar o encontro surgiu há cinco anos, e desde então o evento integra a agenda junina da OSID. “O que temos em comum é a festividade que Santa Dulce deixou para a gente”, ressalta José Carlos. “Aqui vemos muita superação e muita vontade de viver”, completa Patrícia Almeida. Em sua primeira vez assistindo à apresentação, a fisioterapeuta do Hospital da Criança, Brenda Barreto, ressalta a humanização e a integração dos pacientes. “Traz mais conforto e alegria para eles, então eu acho isso maravilhoso”. O paciente Samuel Reis Santos também compartilha sua satisfação em ser agraciado com as apresentações. “É muito bom para animar quem está internado. Gostei muito e achei bastante divertido”, diz.
O quinto Encontro das Quadrilhas osidianas contou ainda com a participação do Coral Santa Dulce, sob a regência da coordenadora Cida Miranda. Formado por idosos do Centro de Geriatria das Obras Sociais, o grupo apresentou um repertório com clássicos juninos.