Show do Padre Fábio de Melo e Procissão dos Nós prometem reunir milhares de fiéis de Santa Dulce nesta segunda-feira
Milhares de fiéis e demais admiradores da vida e obra de Santa Dulce dos Pobres prometem lotar nesta segunda-feira (12) a região do Largo de Roma, em Salvador, durante a programação em homenagem à primeira santa brasileira. Entre os destaques do dia está a Procissão dos Nós, a partir das 15h, quando os devotos estenderão, do Santuário da Mãe dos Pobres até a Igreja do Senhor do Bonfim, um imenso cordão composto por vários cordões atados uns aos outros, cada um com 13 nós, representando pedidos e orações dos fiéis.
Outro destaque da programação na segunda-feira será a apresentação do Padre Fábio de Melo, com seu novo show “Este sou eu”, composto por canções que irão falar de amor, fé, esperança, amizade e paz. A apresentação gratuita será realizada a partir das 20h, no Palco Principal da Praça Irmã Dulce, também no Largo de Roma. O show promete reunir clássicos e composições autorais que se tornaram sucesso ao longo dos 25 anos de carreira musical do padre. No repertório, canções como Nas Asas do Senhor, Onde Deus possa me ouvir, Trem Bala, Deus cuida de mim, Tudo é do pai, Era uma vez e Este sou eu; vão encantar e emocionar o público neste reencontro com o artista.
Cordões da fé - A Procissão dos Nós, que integra a programação religiosa da Festa em honra a Santa Dulce, remete à tradição franciscana do uso do cordão, que nasce com São Francisco de Assis, como pontua o Reitor do Santuário do Anjo Bom, Frei Ícaro Rocha: “Santa Dulce também era de carisma franciscano por ter se dedicado aos pobres, então, ela já usava o cordão em sua cintura. A devoção de rezar, e dar um nó a cada pedido, simboliza que aquele pedido será levado até Deus pela intercessão de Santa Dulce. Isto tem um valor simbólico muito grande, porque nós sabemos que Santa Dulce é intercessora, e como intercessores, a missão dos santos é apontar para Jesus. Ela nos conduz até Jesus, pelo seu exemplo de vida e pela sua intercessão constante”.
Unidades destes cordões vêm sendo amarradas pelos devotos na Capela das Relíquias – espaço localizado no Santuário Santa Dulce e que abriga os restos mortais da religiosa baiana -, com os seus respectivos pedidos e orações. Com o cordão em mãos, os devotos dirigem-se à Capela, onde fazem um momento de silêncio e entregam à intercessão da primeira santa brasileira o seu pedido, repetindo-o 12 vezes, fazendo um nó a cada repetição. Depois, eles devem fazer o 13º nó agradecendo ao Anjo Bom por acolher as suas preces e ser intercessora dele para, em seguida, amarrar o cordão em outro que já estiver atado à grade da Capela, em um momento de fé e oração.
De acordo com o gestor do Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, Márcio Didier, para fazer o percurso entre a saída da Capela das Relíquias, no Santuário, e a Igreja do Bonfim, seriam necessários 700 cordões - de 30 centímetros de comprimento cada -, mas graças à intensa participação dos devotos, fiéis e demais admiradores da primeira santa brasileira, o montante já soma mais de 2 mil cordões. Para o gestor, uma corrente de orações com essa magnitude relembra o tempo em que as pessoas pediam a Santa Dulce para ir até a Igreja do Bonfim para rezar por elas. “A gente está repetindo os passos dela, e quem está inserido no contexto da festa, se comove com isso de alguma forma e comunga desse processo”.
Iniciada no último dia 1º, a Festa em homenagem à primeira santa brasileira, que conta com o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador, terá prosseguimento até a próxima terça-feira, 13 de agosto, Dia Litúrgico de Santa Dulce dos Pobres, com uma ampla programação religiosa, cultural e de serviços. Confira a agenda festiva completa no site www.irmadulce.org.br.