Despertar o interesse pela ciência através da arte. Esse é um dos objetivos do ‘Laboratório Encantado’, projeto que une espetáculos teatrais, música e oficinas de criação voltados para crianças assistidas por unidades de saúde pública de todo o Brasil. Entre os dias 02 e 06 de setembro, o grupo desembarcou em Salvador (BA), nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), e apresentou os mistérios do fundo do mar, o sistema solar e curiosidades científicas aos pacientes mirins do Hospital da Criança e dos núcleos da instituição em Patamares.

Em todos os cinco dias, as crianças participaram de oficinas de diversas linguagens artísticas, como o teatro de sombras com animais marinhos, bonecos articulados, confecção de máscaras, varal espacial com imagens de planetas e plaquinhas de acrílico que simulam lâminas de microscópio. O ‘Laboratório Encantado’ também levou às áreas pediátricas das Obras Sociais um espetáculo teatral - com dois carrinhos cenográficos e elementos da ciência e do universo infantil – sobre a história de um laboratório científico em um local mágico.

“Muitas dessas crianças internadas assistem a uma peça teatral pela primeira vez e são estimuladas nas oficinas à criatividade, cognição e leitura, o que pode contribuir para a abertura de um universo potente, além de humanizar o período de tratamento”, explica Maysa Lepique, produtora executiva da Mina Cultural, grupo realizador do projeto. Ao fim das apresentações teatrais, foram distribuídos os “Kits Ciência”, que incluem lupas, lanternas, tesoura, adesivo, papeis coloridos, canetinhas, giz de cera, entre outros materiais, com o intuito de prolongar a experiência após receber alta ou mesmo permanecendo no ambiente hospitalar.

Mãe de uma das pacientes mirins assistidas pelo Hospital da Criança, Priscila Silva conta que as oficinas e as peças de teatro proporcionaram aprendizado e entretenimento. “A gente não imaginava que encontraria atividades como essa dentro de um hospital. Foi algo novo para a minha filha, ela ficou encantada com as oficinas e adorou brincar com os materiais do kit, além de ter sido uma forma de ajudar a diminuir a apreensão que um internamento causa”, afirmou.