No Dia Mundial de Combate ao Câncer, unidade oncológica da OSID destaca a importância da prevenção
Com o aumento dos números de diagnósticos de câncer no Brasil, campanhas como o Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado anualmente em 8 de abril, alertam para a importância da prevenção à doença. Profissionais da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Nossa Senhora de Fátima (Unacon), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), destacam que o cuidado com os hábitos diários, a adoção de um estilo de vida saudável e a atenção à saúde mental são algumas estratégias que podem ajudar a diminuir os riscos.
De acordo com a médica oncologista da Unacon/OSID, Thiara Gusmão, evitar a exposição aos fatores de risco de câncer é o primeiro passo para reduzir as chances de desenvolver tumores cancerígenos. “Não fumar, manter uma alimentação rica em frutas, verduras e fibras, praticar atividade física regularmente, manter o peso adequado e reduzir o consumo de bebidas alcoólicas são algumas estratégias de proteção”, afirma a profissional. A realização periódica de exames preventivos e de rastreio é outro meio de cuidado pontuado por ela, pois pode detectar doenças pré-malignas.
“Também temos como exemplo a detecção de pólipos nas paredes do intestino, que muitas vezes ainda não são um câncer e, quando retirados precocemente através da remoção colonoscópica, isso evita o desenvolvimento de um tumor colorretal”, explica a médica oncologista. O terceiro tipo com maior incidência entre homens e mulheres no País, cerca de 70% dos casos de câncer colorretal são descobertos já em fase avançada da doença, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O paciente da Unidade de Oncologia, Luís Otávio Cardoso, conta que a realização de exames de rotina foi um dos fatores que possibilitaram a detecção do câncer, doença que ele trata há pouco mais de quatro anos. “Hoje existem profissionais qualificados, medicações e tratamentos expressivos que podem combater essa enfermidade, mas é preciso que a gente se cuide para evitar e também procure o médico regularmente”, afirma. Embora nem sempre seja possível evitar o desenvolvimento dos tumores cancerígenos, o diagnóstico precoce também tem a função de tratar o câncer já no estágio inicial, o que pode aumentar consideravelmente as chances de cura.
Saúde mental - Além dos sintomas físicos causados pela doença e os efeitos colaterais sofridos durante o tratamento, a descoberta do câncer pode ocasionar impactos na saúde mental do paciente. A psicóloga da Unacon Bruna Almeida afirma que são frequentes os relatos de baixa autoestima, desesperança em relação à recuperação e o medo do abandono. Por esse motivo, o cuidado emocional se torna um braço essencial em todas as etapas e procedimentos para recuperação, através da escuta profissional, do apoio familiar e da continuidade de hábitos que proporcionam bem-estar.
Segundo a psicóloga, a prevenção também passa pela atenção à saúde mental. “Mente e corpo estão interligados. Claro que existem inúmeros fatores que podem favorecer o surgimento de um câncer, mas é importante pontuar que cuidar da saúde mental é como cuidar de qualquer outra parte do corpo e que esse cuidado pode interferir na imunidade, por exemplo”. Pessoas com a saúde mental comprometida também podem apresentar dificuldades para seguir planos de tratamento ou fazer exames de prevenção, além de serem menos propensas a se exercitar e mais vulneráveis ao consumo de álcool, por exemplo.
“Cuidar da mente, ter hábitos saudáveis, priorizar a qualidade de vida através da realização de atividades que você goste e, claro, se expressar e conversar sobre o que se passa à sua volta, tudo isso faz parte desse cuidado. Aliado às outras estratégias de prevenção, isso pode, sim, diminuir os riscos”, afirma Bruna Almeida.
Unidade Oncológica - Inaugurada em 2015, a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Nossa Senhora de Fátima, localizada na sede da OSID, Largo de Roma (Salvador), disponibiliza gratuitamente à população tratamento completo contra cânceres sólidos, incluindo procedimentos de radioterapia e quimioterapia, consultas ambulatoriais, internamento e cirurgias no campo oncológico, chegando a 5,8 mil procedimentos mensais. Para acessar o serviço, o paciente pode ser referenciado de outra unidade de saúde após o diagnóstico da doença ou marcar uma consulta no próprio ambulatório da Unacon, com o resultado da biópsia em mãos.