Centro de Pesquisa Oncológica e Clínica da OSID comemora dois anos de atividades
O Centro de Pesquisa Oncológica e Clínica (CPOC), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), acaba de completar dois anos de funcionamento com a nobre missão de melhorar e aumentar as chances, tanto de cura quanto de sobrevida, dos pacientes em tratamento do câncer. Núcleo totalmente voltado ao público atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o CPOC vem disponibilizando aos participantes dos estudos, além do acesso a medicamentos e tratamentos diferenciados, um acompanhamento especializado através dos profissionais e demais serviços disponibilizados na instituição fundada pela primeira santa brasileira.
Atualmente, sete estudos estão em andamento no centro: três voltados para câncer de mama; três para câncer de próstata; e um para câncer de intestino. “A gente tem estudos com imunoterapia, tratamento dirigido que visa combater o câncer através da estimulação do próprio sistema imunológico do paciente. Também temos tratamentos para câncer de próstata para pacientes que muitas vezes já esgotaram todas as linhas de abordagem. Ver esse crescimento do centro em tão pouco tempo é muito bom”, explica a médica oncologista e líder do CPOC, Lívia Andrade, que trabalha desde 2003 na área de pesquisa e é coordenadora da Oncologia da OSID. Os estudos atualmente em curso contam com o apoio dos seguintes parceiros: Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A; Ângelo Calmon de Sá, ex-conselheiro da OSID; Postes Nordeste; Civil Construtora e sócios protetores das Obras Sociais Irmã Dulce.
Ao todo, 20 pacientes oncológicos recebem hoje tratamento através do protocolo de pesquisa clínica, recrutados de forma voluntária na instituição. A oncologista pontua que os protocolos são divulgados entre os médicos do serviço e também externamente, sendo aberto a qualquer paciente que se encaixar no perfil do tratamento experimental. “Com essa divulgação, médicos de fora encaminham pacientes de outros lugares de Salvador, da Bahia e até de estados próximos, para que a gente possa analisar e saber se eles também podem ser inseridos nos projetos de pesquisa, além dos nossos pacientes, já acolhidos na OSID”, explica. Ainda de acordo com a médica, graças ao apoio dos parceiros os pacientes podem contar com suporte nas despesas com transporte e alimentação, para que eles tenham assegurado seu acompanhamento na instituição nos dias e intervalos corretos, no intuito de viabilizar a adesão ao tratamento, assim como também os exames e consultas necessários para avaliação e acompanhamento da resposta ao tratamento.
Localizado no terreno do antigo abrigo Dom Pedro II, na Cidade Baixa, o CPOC foi inaugurado em 12 de agosto de 2022, em meio à pandemia de Covid-19. “Vem toda uma retrospectiva de tudo que a gente passou até aqui. As obras aconteceram no meio da pandemia, assim como a inauguração. Então, foi um período mais difícil ainda para todos nós. A gente conseguiu vencer tudo isso, executar e colocar em ação o CPOC”, declara a líder do centro.
A oncologista frisa que o centro deve abrir novos estudos em breve, em outras áreas além da Oncologia, como Reumatologia e Cardiologia. “A ideia é que a gente possa, cada vez mais, fortalecer esse centro, em benefício de todos os nossos pacientes oncológicos e de outras especialidades clínicas aqui na Bahia”.