Osvaldo Gouveia recebe a Medalha do Mérito Museológico pela importante contribuição como museólogo ao país
O líder de Escola de Dulcismo das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Osvaldo Gouveia, foi um dos grandes homenageados com a Medalha do Mérito Museológico, concedida pelo Conselho Federal de Museologia (COFEM) nesta quarta-feira (18), Dia do Museólogo, no auditório do Museu Casa dos Sete Candeeiros. Considerada a mais alta honraria da área museológica, a comenda reconhece personalidades e instituições que prestaram destacados serviços no Brasil e ocorre a cada dois anos, seguindo as indicações dos Plenários dos Conselhos Regionais de Museologia (COREM's).
Nesta edição, a homenagem celebrou os 40 anos da promulgação da lei que regulamentou a profissão no país, destacando as conquistas, os desafios ao longo desse período e as perspectivas para o futuro, em uma mesa de debate sobre o tema. “Nessa data, mais do que festa, é também a possibilidade de lembrarmos de todo os ‘heróis’ da luta. Hoje se confirmou para mim a máxima de que chegamos aonde chegamos por termos caminhado juntos”, pontuou Osvaldo Gouveia, reconhecido como um dos ativos participantes do movimento que reivindicou a regulamentação.
A comenda foi entregue ao museólogo sob forte moção de aplausos e emoção, o que Gouveia, que estava acompanhado dos familiares, definiu como “uma memória pessoal e coletiva”. Estiveram presentes na cerimônia a superintendente das Obras Sociais, Maria Rita Pontes; o gestor do Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, Márcio Didier; a líder do Memorial, Carla Silva; e a líder do Turismo Religioso, Rosa Brito, além de coordenadores e colaboradores da OSID. Na ocasião, também foi contemplada com a Medalha do Mérito Museológico a profissional Gilka Goulart de Sant’Anna (in memoriam).
Trajetória de amor e serviço - Nascido em Jequié (BA), Osvaldo Gouveia formou-se em Museologia há 50 anos e teve atuação importante em diversas instituições histórico-culturais do país, como a Fundação Joaquim Nabuco, em Recife (PE); a Fundação Cultural Do Estado Da Bahia (Funceb); o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) e o Museu Abelardo Rodrigues, que preserva uma das mais importantes coleções de arte sacra no Brasil. Gouveia também foi professor do curso de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Em 1993 inicia uma jornada de amor ao legado do Anjo Bom e passa a se dedicar integralmente ao trabalho de preservação e difusão da história da religiosa baiana, sendo o fundador do Memorial Santa Dulce dos Pobres. “É um privilégio termos ao nosso lado uma pessoa com essa trajetória, contribuindo para proteger, fazer crescer e divulgar a memória da primeira santa brasileira. Estamos muito felizes em vê-lo receber essa Medalha e por termos uma pessoa como ele executando este trabalho há mais de três décadas”, destacou Maria Rita Pontes.