Carrinhos beira leito otimizam atendimento a pacientes internados nas Obras Irmã Dulce
As Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) começam a contar com mais um importante recurso para otimizar o atendimento dos pacientes internados na instituição: carrinhos em rede sem fio para consulta ao Prontuário Eletrônico do Paciente - PEP e para preparação da medicação à beira do leito hospitalar. O projeto envolve a Gestão de Saúde, o núcleo de Segurança do Paciente, a Farmácia hospitalar e o núcleo de Tecnologia da Informação e conta com várias fases de implantação para disponibilizar uma maior segurança para o paciente com a realização da checagem a cada leito. Com a implantação de todo o sistema, será possível aos profissionais consultarem o PEP e utilizarem um leitor de código de barras para identificação da medicação e obtenção de outras informações que tornam o processo ainda mais ágil e seguro.
“Estamos iniciando a implantação de um projeto que visa alcançar um nível mais alto da segurança do paciente”, diz a líder do setor de Tecnologia da Informação da OSID, Isabelle Cardoso. De acordo com a gestora de Saúde das Obras Sociais, Lucrécia Savernini, embora ainda haja muito a ser feito para o alcance da meta (o aparelhamento de todos os carrinhos), a instituição acaba de dar mais um passo importante para a modernização da gestão hospitalar. Segundo explica, nesta fase inicial do projeto foi implantada a rede Wi-Fi em todas as unidades da sede. Foram adquiridos 134 carrinhos beira leito e inicialmente três notebooks para estações móveis de consulta ao Prontuário Eletrônico do Paciente.
“Utilizamos recursos de uma portaria do Ministério da Saúde visando às melhorias assistenciais em Saúde”, informa Lucrécia, enfatizando que a OSID dará mais um grande passo quando receber o repasse de uma verba para a aquisição dos computadores que serão integrados aos demais carrinhos. “Este recurso se refere a uma emenda parlamentar repassada pelo deputado João Roma, e já está na Secretaria Municipal da Saúde para ser encaminhado às Obras Sociais Irmã Dulce”.
O projeto está em execução em todas as enfermarias do Complexo Roma, na sede da instituição, e mesmo operando com as limitações desta etapa inicial começa a impactar positivamente na rotina hospitalar. Luísa Oliveira, líder do núcleo de Enfermagem, considera que os 102 carrinhos à beira leito que já estão apoiando os profissionais de enfermagem tendem a qualificar ainda mais os serviços. “Há muito tempo sonhamos com essa tecnologia que nos aproxima ainda mais do paciente”. Além da otimização do tempo do colaborador, “pois o carrinho permite ao profissional agilizar a preparação da medicação”, Luísa destaca ainda a segurança do processo, uma vez que esse preparo é feito ao lado do leito.
Com uma função distinta desses carrinhos beira leito, os três carrinhos até o momento equipados com notebooks também já contribuem para otimizar as demandas hospitalares da instituição. Essas estruturas móveis foram direcionadas ao apoio da equipe multidisciplinar – médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas – da Enfermaria Santa Clara. Segundo Isabelle, as estações montadas nos carrinhos ampliam e dão mobilidade ao acesso desses profissionais à tecnologia: “Eles podem fazer consultas aos prontuários no sistema fora da sala, onde estão montados os terminais fixos, evitando aglomerações nos postos de enfermagem”. De acordo com Lucrécia, em tempos de pandemia, esta tecnologia ainda contribui para manter o distanciamento dos profissionais de saúde, que preparam os medicamentos na própria enfermaria, reduzindo assim o número de pessoas nos postos de enfermagem. Com a chegada dos notebooks, a segurança será ainda maior.
Novas etapas – A longo prazo, o projeto irá incorporar outras funções que visam ao aprimoramento da tecnologia de checagem de informações para administração de medicamentos à beira do leito hospitalar. As próximas etapas preveem não só a aquisição de mais notebooks e leitores de códigos de barras para todos os carrinhos que acompanham as equipes de enfermagem, como o incremento do sistema operacional: “Hoje, temos 100% do prontuário do paciente da OSID eletrônico, mas para implementar essa tecnologia de checagem de medicação à beira do leito, a instituição terá que informatizar também os processos do núcleo de Farmácia, a fim de ter o controle de todos os medicamentos disponíveis, selecionados por nome, substância, lote e validade”, explica a líder da TI.
Com a ampliação do sistema, será possível alcançar um nível ainda mais refinado do processo eletrônico, como a atualização automática dos dados do prontuário do paciente, informando se há mudança na medicação ou na dosagem e alertas sobre alergias, garantindo mais precisão ao atendimento. O aperfeiçoamento da performance também incidirá diretamente na agilização dos processos, contribuindo para o aumento da produtividade.