Irmã Dulce é anunciada entre os santos que representam a misericórdia na América Latina
Irmã Dulce foi destaque na Jornada Mundial da Juventude 2016, que acontece de 27 a 31 de julho, em Cracóvia, na Polônia. Durante celebração realizada nesta quinta-feira (28), com a presença do Papa Francisco, a religiosa foi anunciada entre os santos que representam a Misericórdia de Deus na América Latina. O bispo-auxiliar de Salvador, Dom Gilson Andrade da Silva, que está acompanhando os jovens católicos soteropolitanos na viagem à Polônia, afirmou ter ficado extremamente feliz com a inesperada e justa homenagem à freira baiana. “Qual não foi a minha alegria e a minha surpresa quando vi Irmã Dulce representando os santos da misericórdia da América Latina”, escreveu o religioso em uma rede social.
O vídeo com o instante da apresentação pode ser conferido acessando o seguinte link: https://youtu.be/rmgUGPNJGTE. Em sua 31ª edição, a Jornada Mundial da Juventude tem como tema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”, tirado do Evangelho de Mateus. Dois milhões de peregrinos de 100 países devem passar pelo evento, dos quais 6 mil são brasileiros.
Mãe dos Pobres - Nascida em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, ano em que recebe o hábito de freira e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Em 1949, em Salvador, a religiosa ocupa um galinheiro ao lado do convento, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição que abriga um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.
Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, deixando como legado uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, verdadeiro sinônimo de amor e serviço aos pobres e doentes. A freira baiana foi beatificada em 2011 e está atualmente em processo de canonização.