Homenagens marcaram os 23 anos de passagem de Irmã Dulce
Com o Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres lotado, tantas expressões de emoção, demonstrações de fé e devoção, não há como ter dúvida de que o 13 de março está marcado na lembrança dos devotos e admiradores do Anjo Bom. Passados 23 anos do falecimento da freira, a data, celebrada na última sexta-feira, foi mais um grande momento para relembrar a trajetória de amor e serviço da Mãe dos Pobres.
“Tenho verdadeira adoração por Irmã Dulce. Além de já ter alcançado várias graças com a intervenção dela, me recuperei de um problema de saúde depois que passei pelas Obras Sociais. Estava com muita dor, sem saber qual era a doença. Aqui me tratei e fiquei totalmente curada. Por tudo isso e pela admiração que tenho pelo exemplo que ela foi, todo dia 13 estou aqui”, contou emocionada a doméstica Eurídice Batista dos Santos, moradora do município de Simões Filho.
Pela manhã, a Missa Solene foi presidida por Dom Marco Eugênio, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, que destacou que o maior legado deixado por Irmã Dulce é o exemplo de fé e compaixão aos pobres e enfermos. “Ao assumir o compromisso de cuidar dos mais necessitados, Dulce escolheu seguir os passos de Cristo. Nós, que assistimos a tantas demonstrações de amor da irmã, assumimos o compromisso de dar seguimento à obra dela”, disse o bispo auxiliar.
À tarde, outra Missa Solene marcou o encerramento das homenagens. A celebração foi presidida pelo bispo da Diocese de Irecê, Dom Tommaso Cascianelli e concelebrada por Dom Paulo Romeu, bispo diocesano de Alagoinhas. Amigo pessoal de Irmã Dulce, Cascianelli relembrou fatos da vida da religiosa, como os momentos de dificuldades para manter o trabalho de suas obras assistenciais e a persistência em confortar os mais necessitados. “Irmã Dulce viveu o Evangelho, consagrando-se totalmente a Jesus. Ela ouviu o chamado e o fez motivo de toda sua existência”, declarou Dom Tommaso.
Durante a celebração, quando o relógio marcou 16h45, horário em que o Anjo Bom faleceu, em 1992, os fiéis presentes no Santuário fizeram um minuto de silêncio em memória ao renascimento de Dulce para a vida eterna. “Acompanhei seus últimos minutos e tenho certeza que o céu recebeu com alegria aquela que, para nós, já é santa”, ressaltou o bispo de Irecê. Entre outros momentos marcantes, destaque também para a entrada de Iracy Lordello com a Relíquia de Irmã Dulce, ao final da missa da manhã. Voluntária mais antiga das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Irá, como é conhecida, acabou de completar 80 anos de vida e tem mais de seis décadas dedicadas à instituição.
Para a superintendente da OSID, Maria Rita Pontes, as homenagens servem para fortalecer o espírito de continuidade do trabalho de Irmã Dulce. “Já se passaram 23 anos que ela nos deixou, mas, para nós, que convivemos diariamente com sua obra, parece que foi ontem. Sentimos a presença dela muito forte entre nós, nos orientando nos momentos difíceis e compartilhando conosco as alegrias”.
“Dulce é tão fantástica e maravilhosa que, com sua passagem para a Casa do Pai, ela transformou o 13 de março em um dia de sorte, de festa, de comemoração. Enfim, em um dia de memória e de celebração da nossa fé no Deus da compaixão e da providência”, comentou frei Vandeí Santana, reitor do Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, que participou das duas celebrações.
O dia de homenagens ao Anjo Bom da Bahia reuniu funcionários, pacientes, moradores, alunos e voluntários da OSID, além de fiéis e admiradores da freira. Além das Missas Solenes, houve Exposição das Relíquias de Irmã Dulce e Oração das Mil Ave-Marias e Adoração e Bênção do Santíssimo.