Missas em memória de Irmã Dulce relembram trajetória do Anjo Bom
Para marcar os 22 anos de falecimento de Irmã Dulce, uma missa solene em memória da freira baiana será celebrada neste 13 de março (quinta-feira), às 9h, no Santuário da Bem-aventurada Dulce dos Pobres (Largo de Roma). Presidida pelo frei Vandeí Santana, reitor do Santuário, a celebração vai reunir funcionários, pacientes, moradores, alunos e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), além de fiéis e admiradores da religiosa, cujo centenário de nascimento será comemorado este ano. Pela tarde, às 16h, mais uma missa, presidida pelo padre Antônio Maria, acontece no Santuário da Bem-aventurada. As celebrações serão pontuadas por homenagens que lembrarão a trajetória de amor, caridade e perseverança do Anjo Bom.
Anjo Bom - Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e atualmente está em processo de canonização. Para ser canonizada (declarada Santa) é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana. Em 2011 ocorreu a beatificação da religiosa, que passou a se chamar Bem-aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial de celebração de sua festa litúrgica.
Nascida em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Em 1933, a jovem ingressa na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). No mesmo ano recebe o hábito e adota, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Sempre com muita fé, coragem e solidariedade, o Anjo Bom inicia um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1949, Irmã Dulce ocupa um galinheiro ao lado do convento, após a autorização da sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa deu início à criação das Obras Sociais Irmã Dulce, consideradas hoje o maior complexo de saúde 100% SUS do Norte-Nordeste, com cerca de cinco milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.