Assembleia Legislativa de Sergipe homenageia Santa Dulce e sua obra de caridade
A relação histórica e afetiva de Irmã Dulce dos Pobres com o estado de Sergipe foi selada na tarde de ontem (16), com as homenagens prestadas pela Assembleia Legislativa de Sergipe – Alese, conferindo a Santa Dulce dos Pobres o Título de Cidadania Sergipana (in memoriam); e às Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) a Medalha do Mérito Parlamentar, maior honraria da Casa Legislativa. As distinções foram recebidas por Ana Maria Lopes Pontes, irmã de Santa Dulce e conselheira da OSID, em solenidade realizada no plenário da Alese, em Aracaju, e transmitida ao vivo em seus canais de comunicação.
A cerimônia contou com a presença do presidente da Alese, deputado Luciano Bispo, autor das homenagens; da vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino; das deputadas Maria Mendonça e Gracinha Garcez; do deputado Luciano Pimentel; do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Carlos Pinna de Assis; e Marcos Santana, prefeito de São Cristóvão, cidade onde Irmã Dulce iniciou sua vida religiosa, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em 1933. Estavam presentes ainda familiares de Ana Maria Lopes Pontes. Na ocasião, também foi lançado o livro Caminhos da Santa Dulce dos Pobres em versos, do escritor Ancelmo da Rocha, com passagens da freira baiana por terras sergipanas.
Também participaram da solenidade a miraculada Claudia dos Santos e seu filho Gabriel, protagonistas do fato que remete ao primeiro milagre atribuído a Irmã Dulce, em 2001, no município sergipano de Itabaiana. Desenganada pelos médicos, sofrendo com uma grave hemorragia após dar à luz Gabriel, seu segundo filho, Claudia sobreviveu graças à corrente de orações iniciada por padre José Almí rogando pela intercessão de Irmã Dulce. O milagre foi reconhecido pela Igreja Católica, concedendo à religiosa baiana o título de beata, etapa que antecedeu sua canonização.
“Ela veio ao mundo para fazer milagres. A sua trajetória de vida foi dedicada a cuidar do próximo e ajudar os mais pobres”, declarou Luciano Bispo, autor das proposituras. Lembrando que o primeiro milagre de Irmã Dulce foi na Maternidade São José, em Itabaiana, o presidente da Alese reconheceu “o dever de torná-la cidadã sergipana e de conceder a honraria maior desta Casa a uma instituição que nasceu dentro de um galinheiro, a fim de abrigar pobres e doentes recolhidos das ruas de Salvador”.
Destacando a “beleza, paz e simplicidade” da cerimônia, Ana Maria Lopes Pontes disse que as homenagens representam “um gesto de amor e carinho para com Santa Dulce e seu legado”: “Para mim, tudo isso une dois estados irmãos, consolidando o vínculo de Irmã Dulce com Sergipe. Estamos irmanados no amor a Santa Dulce dos Pobres”.