Viva o Amar e Servir!
A frase no fundo do palco do Viva Dulce traduzia, com especial significado, o sentimento partilhado naquela memorável noite de quinta-feira (25): A renda que tece, fortalece. Pois foi assim, através do fio da solidariedade, que centenas de corações se entrelaçaram movidos pelo “Amar e Servir”, para costurar mais um belo capítulo na história das Obras Sociais do Anjo Bom do Brasil. E como maestros de uma linda ópera de amor ao próximo, os artistas Margareth Menezes, Elba Ramalho e Waldonys conduziram o público para um show com majestosas notas de emoção, generosidade e gratidão, em uma trilha sonora que trazia na letra a certeza de que a perpetuidade do milagre de Dulce passa também por todos nós.
Com a nobre missão de arrecadar recursos para a ampliação da Unidade Dona Dulce - espaço voltado ao atendimento de pacientes com câncer em tratamento na instituição do Anjo Bom, o Viva Dulce, uma iniciativa das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e da rede de voluntárias Amigas de Dulce, reuniu no Cerimonial Rainha Leonor (Pupileira) parceiros e apoiadores da campanha; conselheiros e profissionais da OSID; autoridades; familiares da freira baiana; e demais amigos e admiradores da Mãe dos Pobres e de sua obra. “Quero agradecer a cada um que está aqui e contribuiu para este grande passo na concretização do sonho da Unidade Dona Dulce. Essa noite é para inspirar e lembrar o que Irmã Dulce sempre dizia ‘Quando cada um faz um pouco, o pouco de muitos se soma’”, declarou emocionada a superintendente das Obras, Maria Rita Pontes.
Entre palavras de agradecimento, homenagens a parceiros e doadores e relatos de vidas transformadas pela Casa do Anjo, os testemunhos deram o tom dos discursos na abertura da noite festiva: “As Obras Sociais Irmã Dulce nos sensibiliza e nos mobiliza a fazer todas essas ações em prol da continuidade do legado de amor ao próximo, em especial aos mais carentes”, disse a conselheira da OSID e coordenadora da rede Amigas de Dulce, Rosemma Maluf. “É muito bom ver a vitória da sociedade civil. Quem constrói essa cidade, quem constrói esse estado somos nós. Unano-mos para fazer tudo melhor. A instituição de Irmã Dulce é um complexo hospitalar como poucos no Brasil. É impressionante ver como as pessoas são tratadas com dignidade lá dentro”, destacou o conselheiro da entidade, Maurício Magalhães, que encerrou sua fala convidando todos a fazer daquele momento um “ponto de partida para o futuro”, ajudando, através das doações, a manter o atendimento prestado pela instituição, em especial ao pobre, ao doente, ao mais necessitado.
Toda a renda obtida com a venda dos ingressos do Viva Dulce será agora direcionada para a conclusão da segunda etapa de construção da Unidade Dona Dulce, que inclui ampliação do espaço físico, a exemplo de novos consultórios e recepção, além da compra de equipamentos, como monitores cardíacos, desfibriladores, raio-x portátil e macas, garantindo assim maior conforto e comodidade aos pacientes oncológicos atendidos nas Obras Sociais.
Marcado também pela música, dança e pelo espírito de confraternização, o show Viva Dulce, que teve ainda buffet all inclusive assinado pelo chef Vini Figueira, foi aberto com a apresentação da cantora Margareth Menezes, que trouxe para o palco um repertório recheado de sucessos da artista baiana, como Dandalunda e Marmelada, mesclado com hits nacionais como Raiz de todo bem (Saulo) e Soul de verão (Sandra de Sá). Momentos de puro aconchego e saudade também na apresentação de Elba Ramalho, onde não faltaram canções que fizeram sucesso na voz da artista nem clássicos do forró, como Bate coração e Gostoso demais (Dominguinhos). Destaque ainda para o show do acordeonista Waldonys, que animou o público com músicas consagradas como A vida do viajante (Luiz Gonzaga), Eu só quero um xodó (Gilberto Gil) e Amor não faz mal a ninguém (Trio Nordestino). O músico cearense também brindou a plateia com um dos momentos mais emocionantes da noite ao tocar a Ave-Maria em seu acordeon.
Nova embaixadora – Já cercado por tantas demonstrações de afeto e gratidão, o Viva Dulce ainda reservava gratas surpresas. No momento em que se apresentava, Elba Ramalho, que é devota da freira baiana, foi chamada para receber, das mãos da superintendente Maria Rita Pontes, o título de Embaixadora de Irmã Dulce. “Servir é tarefa das grandes almas. É uma alegria imensa e um grande prazer estar aqui em favor das Obras de Irmã Dulce”, disse Elba, ao lado dos já também embaixadores Margareth Menezes e Waldonys. Além da nova integrante da família de Embaixadores de Irmã Dulce, também já receberam o título o padre Antônio Maria; o pintor e escultor italiano Battista Mombrini; o funcionário público Carlos Paiva; a funcionária pública Emília Curi; o ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros; a médica pediatra Cristina Cury (falecida em setembro de 2010) e o empresário Mauro Feitosa (falecido em março de 2015).