Café, cultura e gastronomia no Largo de Roma
Que tal apreciar um bom café, acompanhado de um delicioso doce ou salgado, e reunir os amigos em um ambiente cercado de história e arte? Esta é a proposta do Dulce Café, que já está em atividade desde a última quinta-feira (14) e funciona diariamente das 7h às 17h30, no Largo de Roma. Situado em uma das mais tradicionais regiões da Cidade Baixa, entre o Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres e o Memorial Irmã Dulce, no Largo de Roma, o novo estabelecimento está instalado em um prédio histórico que abrigou dois grandes projetos da freira baiana: o Círculo Operário da Bahia e o Cine Roma. “Este espaço foi berço de história, de cultura, e hoje nós estamos fazendo esse resgate. Requalificamos este ambiente para que o visitante possa apreciar o café da nossa terra, para melhor acolher os turistas e reunir confrarias”, destacou a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Maria Rita Pontes, durante a inauguração do empreendimento. Segundo revela, o público do Dulce Café também vai contar em breve com um calendário de eventos literários e culturais.
Com identidade visual inspirada na trajetória do Anjo Bom da Bahia, o espaço, que mantém em sua decoração a grade original do antigo Cine Roma, conta ainda com um painel criado pela designer Goya Lopes, que retrata como era o cotidiano da Mãe dos Pobres. “Estou muito feliz de ter participado de um trabalho em equipe, no qual eu me envolvi totalmente com a história da Irmã Dulce. A memória dela é uma coisa que emociona a gente e é gratificante ter a oportunidade de resgatar essa história cultural”, disse, bastante emocionada, Goya Lopes, responsável também pela criação da marca do Dulce Café.
Além da proposta cultural, o novo ambiente se destaca ainda pelo cardápio, montado em parceria com fornecedores selecionados, como o café da Latitude 13, marca da Chapada Diamantina que vem se destacando internacionalmente na cozinha de grandes chefs. “Foi uma grande honra ajudar a montar esse ambiente, pois sou muito devota da Irmã Dulce, e colocar a Latitude 13 neste local nos alegra muito”, afirmou July Allegro, dona da marca Café Latitude 13. Alguns itens do cardápio homenageiam personalidades que são parceiras da OSID, como o ator Paulo Gustavo, que ganhou um brigadeiro com seu nome, a atriz Malu Valle, que dá nome ao quiche de alho poró, e a produtora do filme Irmã Dulce, Iafa Britz, homenageada no mini bolo de tapioca com doce de leite. O menu também faz referências ao voluntário mirim Gabriel Weber, que ganhou um pãozinho com seu nome, e à coordenadora da Rede Amigas de Dulce, Rosemma Maluf, que dá nome ao pastel integral de palmito com ricota.
“Hoje a família OSID se reúne para pedir a bênção de Deus. Desejamos que este café cumpra sua função de acolher o público, a exemplo dos turistas e soteropolitanos”, declarou o capelão das Obras Sociais, frei Mário Erky, que, ao lado do reitor do Santuário de Irmã Dulce, frei Giovanni Messias, conduziu a cerimônia de inauguração – evento que reuniu profissionais, religiosos, voluntários, membros do Conselho, amigos e parceiros da instituição, além de familiares do Anjo Bom da Bahia e integrantes da Rede Amigas de Dulce – grupo formado por mulheres de diferentes áreas que atuam de forma voluntária na organização de iniciativas em prol da OSID. Toda a renda obtida com as vendas do espaço será direcionada para o Centro Educacional Santo Antônio (CESA), núcleo de Educação das Obras, em Simões Filho, que atende 750 crianças e adolescentes em situação de risco social. O projeto de requalificação da área foi possível graças ao apoio da arquiteta Izabela Mota, da designer Goya Lopes e da consultoria de July Allegro, que doaram seus talentos para a concretização do Dulce Café.