OSID na campanha de conscientização sobre a epilepsia
Até o final do mês, a bela estátua de bronze do Anjo Bom, localizada ao lado do portão principal das Obras Sociais Irmã Dulce (Largo de Roma), ficará iluminada de roxo. A iniciativa simboliza a adesão da instituição ao Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia, o “Dia Roxo” (Purple Day), comemorado em 26 de março. A cor roxa dá tom à campanha contra o preconceito em relação à doença, considerada ainda muito estigmatizada.
Uma das doenças neurológicas mais comuns, a epilepsia afeta aproximadamente 1% da população geral, cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Salvador, estima-se que haja em torno de 30 mil pessoas com esse diagnóstico. Pode acometer indivíduos de qualquer idade, contudo crianças e idosos são mais suscetíveis. A epilepsia pode ser genética ou estrutural e é caracterizada por crises epiléticas recorrentes, a exemplo de convulsões, geradas por uma atividade excessiva dos neurônios cerebrais.
“Felizmente, existem tratamentos muito eficazes e cerca de 70 a 80 por cento dos indivíduos afetados conseguem ficar totalmente livres de crises e ter uma vida absolutamente funcional, mas apesar disso sofrem muito preconceito devido ao desconhecimento e mitos a respeito dessa condição”, comenta o neurologista e neurofisiologista Humberto Castro Lima Júnior, que integra o corpo clínico das Obras Sociais Irmã Dulce. A instituição possui Residência em Neurologia Pediátrica, Ambulatório de Neurologia Adulto e Ambulatório de Neurologia Pediátrica, que atende inclusive casos de epilepsia de difícil controle.
Dia Roxo – Em 2008, Cassidy Megan, uma criança de Nova Escócia, no Canadá, na época com nove anos de idade, motivada pela sua própria batalha contra a epilepsia, criou o Purple Day (Dia Roxo), com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). Desde aquele ano, o 26 de março passou a ser reconhecido como o Dia Internacional de Conscientização sobre a Epilepsia, sendo comemorado em todo o mundo. A cor roxa, símbolo do movimento, remete à lavanda - a flor de lavanda também é frequentemente associada à solidão, que representa o sentimento de isolamento que muitas pessoas com a doença sentem. A intenção é mostrar que os indivíduos com epilepsia jamais deverão se sentir sozinhas. Em prol da causa, muitas cidades iluminam monumentos importantes de roxo e realizam ações educativas.