OSID tem semana dedicada à doação de órgãos
Tempo é vida. Mais do que um slogan, a frase é o que melhor traduz o dia-a-dia de pacientes à espera de uma doação de órgãos. Atenta a essa realidade, as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) promovem de 26 a 30 de setembro, nas unidades de saúde da instituição, uma semana totalmente dedicada ao tema. Organizada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), a programação especial contará com palestras e exposições nos hospitais da Criança, Santo Antônio e São Jorge, além de atração musical e sorteio de brindes para o público interno.
Segundo informações da Comissão, apesar do aumento na totalidade dos transplantes realizados no Brasil – passou de 20.253 em 2009 para 21.040 em 2010 –, a captação de potenciais doadores ainda depende de um trabalho contínuo de educação e conscientização do público, além da mobilização de profissionais de diferentes áreas. Em alguns casos, inclusive, já há sinais de queda na realização dessas cirurgias. Na Bahia, por exemplo, o número de transplantes de córnea caiu de 206 em 2009 para 123 em 2010, enquanto a lista de espera por esse procedimento ainda tinha, em dezembro do ano passado, 1.092 pacientes.
Qualquer pessoa, após avaliação médica do seu histórico clínico e das doenças prévias, pode ser um doador em potencial. É importante também manifestar tal desejo à família, informando, no caso de morte cerebral, a vontade de colocar uma ou mais partes do corpo à disposição de quem necessita de um transplante. É possível doar desde córneas, medula óssea, pele e osso, até órgãos como coração, pulmão, fígado, rim e pâncreas.
Aula nota 10
A luta para captar um doador de vida ganhou um reforço de peso na OSID com a criação do projeto “Pocket Aula: Doação de Órgãos”. Desenvolvido pela CIHDOTT do Hospital Santo Antônio, o programa inova ao levar ao paciente e seu familiar, em plena unidade de saúde, uma verdadeira aula sobre a doação, esclarecendo dúvidas e debatendo a importância do gesto. “Criamos um banner informativo que pode ser levado a qualquer lugar. Esse modelo facilita a chegada da informação, estimula a criação de multiplicadores dentro da própria comunidade e promove uma busca ativa por potenciais doadores entre essas famílias”, enfatiza a psicóloga das Obras e integrante da CIHDOTT, Michelle Sampaio.