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Cirurgia do ‘ouvido biônico’ é tema de curso na OSID

23 de March de 2011

Os avanços no tratamento de pacientes com deficiência auditiva estão entre os assuntos que irão pautar, nos dias 24 e 25 de março, nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) – Av. Bonfim, Largo de Roma –, as discussões do III Curso Internacional de Implante Coclear, procedimento conhecido como cirurgia do “ouvido biônico”. O evento chama atenção para os resultados de um programa da instituição que vem possibilitando, de forma pioneira na Bahia, a realização dessas cirurgias através do SUS. Segundo dados do IBGE, cerca de 5,7 milhões de pessoas no país são portadoras de alguma limitação auditiva.

Com dois anos de funcionamento, o Núcleo de Reabilitação Auditiva da OSID já realizou com sucesso mais de 50 operações de implante coclear nas mais variadas faixas etárias. A iniciativa vem garantindo a pacientes da Bahia e de outros estados uma melhor qualidade de vida, além de maiores chances de superação das limitações que a deficiência pode trazer. “Todos os indivíduos submetidos ao implante encontram-se hoje em pleno processo de inserção social, com melhoras significativas de compreensão auditiva e produção vocal. Além disso, estamos ampliando o número de cirurgias. Até o ano passado, eram dois procedimentos por mês, e agora em março podemos chegar a um teto de oito operações mensais”, revela o responsável técnico do programa, Marcos Banhara.

São considerados candidatos à cirurgia crianças pré-linguais a partir de 10 meses até a idade de 4 anos e 6 meses, além de adultos que apresentem deficiência sensorioneural bilateral de grau severo a profundo e que não obtiveram resultados satisfatórios com o Aparelho de Amplificação Sonora Individual. Mais informações sobre o curso nos telefones 3186-0228 ou 3310-1382.

Como funciona – Conhecido como ouvido biônico, o implante coclear caracteriza-se como um avançado dispositivo eletrônico, que estimula diretamente as fibras remanescentes do nervo auditivo. Tal estimulação permite a transmissão do sinal elétrico via nervo auditivo até a decodificação no córtex auditivo central. O funcionamento do dispositivo difere do Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI). Enquanto o AASI apenas amplifica o som, o implante fornece impulsos elétricos para estimulação das fibras neurais remanescentes em diferentes regiões da cóclea, possibilitando ao usuário a capacidade de perceber o som.

Cirurgia do ‘ouvido biônico’ é tema de curso na OSID