Não são apenas as fantasias e os blocos que fazem sucesso no Carnaval da Bahia. As campanhas de promoção da saúde junto à população também têm espaço garantido na festa. Um exemplo disso é o programa de palestras de prevenção ao uso e abuso do álcool no período pré-carnavalesco – uma iniciativa do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas (CATA), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Entre as ações do projeto, está a realização de palestras para funcionários de empresas de ônibus de Salvador e da região metropolitana. Até o início do Carnaval, segundo informações da unidade, serão ministrados mais de 20 encontros em companhias do segmento de transporte público.

O objetivo do programa é socializar informações sobre os riscos relacionados à utilização abusiva e à dependência de etílicos. “Dependendo da demanda da instituição solicitante, focamos alguns itens com maior ênfase. Nas companhias de transporte, por exemplo, falamos das conseqüências do álcool nos acidentes de trânsito. Já nas escolas, abordamos a relação familiar e as conseqüências na vida do usuário”, comenta a assistente social do Centro, Andréa Lima. As instituições interessadas em solicitar palestras e visitas do CATA podem entrar em contato com a unidade através do telefone (71) 3310-1195.

Assistência – Único complexo de saúde na Bahia especializado exclusivamente na assistência gratuita ao alcoolista, o CATA desponta hoje como referência no atendimento a pessoas com problemas relacionados ao uso abusivo e à dependência de etílicos. Passados 17 anos desde o início de suas atividades, o Centro vem se consolidando como uma das principais portas para o tratamento do alcoolismo no estado – doença que atinge hoje cerca de 19% da população brasileira.

 Atualmente o complexo, que fica localizado em Salvador, no Largo de Roma, dispõe de duas formas de atendimento diferenciadas: ambulatorial e a Unidade de Desintoxicação. “São serviços complementares e correlacionados, que atendem as mais novas exigências da saúde pública atual. A unidade de desintoxicação, por exemplo, possibilita a monitoração mais segura das eventuais complicações decorrentes da supressão física do álcool, além de permitir intervenções da equipe multidisciplinar”, afirma a líder do CATA, Maria Del Carmen. Destaque ainda para o trabalho de assistência multidisciplinar, realizado em parceria com as comunidades, pacientes, familiares e entidades afins.