Câncer de mama é tema de campanha mundial
A prevenção continua sendo a principal arma das mulheres no combate ao câncer de mama. A doença – que é alvo este mês de uma campanha mundial de conscientização, conhecida como Outubro Rosa – deve responder em 2010 por quase 50 mil novos casos somente no Brasil, sendo cerca de dois mil na Bahia. Segundo informações da Unidade de Oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), o diagnóstico e o tratamento tardio do tumor ainda estão entre as principais razões para o elevado índice de mortalidade junto ao público feminino no país.
“O câncer de mama ainda é o que apresenta maior incidência entre os pacientes em tratamento quimioterápico nas Obras. É um tipo de tumor relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Contudo, quando diagnosticado em fase inicial, as chances de cura chegam a 95%. Por isso, é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos”, afirma a médica Lívia Andrade.
Os sintomas do câncer de mama palpável são o nódulo ou tumor no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem surgir ainda alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações ou um aspecto semelhante à casca de uma laranja. A história familiar é um importante fator de risco, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas antes dos 50 anos de idade. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (após os 50 anos), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos) constituem ainda fatores de risco. A obesidade, principalmente nas mulheres após a menopausa, confere também um aumento importante no risco de desenvolvimento da doença.
As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia. Quando realizado por um médico ou enfermeira capacitados, o exame clínico pode detectar um tumor superficial de até 1 centímetro. Já a mamografia é uma radiografia que pode mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros).
Quanto ao tipo de tratamento indicado, isso irá depender de alguns fatores, tais como o estágio do tumor e o estado de saúde da paciente. “Os tratamentos disponíveis são cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia – todos realizados com segurança e agilidade na OSID. Contudo, mesmo com o constante avanço no tratamento do câncer de mama, a prevenção continua sendo o fator fundamental para diminuição do número de casos e redução da mortalidade”, explica Lívia.