A participação do Centro Geriátrico Júlia Magalhães, no XVII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, entre os dias 27 e 31 de julho, em Belo Horizonte (MG), rendeu ótimos frutos. O núcleo apresentou três trabalhos que refletem os impactos de ações efetivas em prol da qualidade de vida e do tratamento de idosos atendidos nas Obras Sociais Irmã Dulce.

Um dos estudos mostrou como os familiares percebem o impacto da participação dos idosos no Centro Dia. Os relatos expressaram que a assistência multiprofissional acarretou sensíveis melhorias relativas à saúde, controle das doenças, bem estar e qualidade de vida dos idosos. De isolados, sofridos e tristes, muitos se tornaram alegres, mais participativos e desinibidos.

A avaliação do conhecimento e prática do enfermeiro na administração de medicações em pacientes idosos, através do método alternativo conhecido por hipodermóclise, também foi tema apresentado por nossos profissionais no congresso. O estudo evidenciou que a formação acadêmica dos enfermeiros não oferece preparo para utilização da técnica. Por outro lado, denotou que os treinamentos e a vivência prática foram capazes de desenvolver tal competência.

Já o terceiro trabalho balizou o impacto da abordagem da equipe interdisciplinar em idosa com discinesia (movimentos repetitivos involuntários) em conseqüência do Mal de Parkinson. A investigação apontou melhora significativa da coordenação motora, flexibilidade, estabilidade postural e reeducação da função respiratória com redução da queixa de cansaço físico e mental, além de melhora no padrão do sono e da auto-estima.

O envelhecimento da população brasileira abre cada vez mais espaço à elaboração de estudos científicos e sua repercussão em congressos, promovendo trocas de conhecimento e contribuindo para o envelhecer com qualidade. Por esse motivo, a apresentação de trabalhos tem sido estimulada pela liderança da Geriatria. Afinal, segundo a líder Terezinha Pacheco, “a terapêutica desenvolvida por nossa equipe multidisciplinar, principalmente na reabilitação motora, nas incontinências fecal e urinaria e no tratamento de feridas, têm contribuído para a melhoria funcional do idoso, além do uso inovador da técnica de hipodermóclise no controle da dor e em cuidados paliativos”.