A importância da doação de órgãos e a necessidade de integração de todos os profissionais de saúde em torno do tema, estão entre os principais assuntos que irão pautar, de 21 a 25 de setembro, nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), as discussões em mais uma edição da Semana do Transplante. Promovido pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), o evento contará com uma programação diversificada, incluindo palestras, atividades recreativas, apresentações musicais, distribuição de brindes, entre outras ações.

Segundo informações da Comissão, qualquer pessoa, após avaliação médica do seu histórico clínico e das doenças prévias, pode ser um doador em potencial. É possível, por exemplo, doar desde tecidos – córneas, medula óssea, pele e osso – até órgãos, como coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino. Aliado a isso, um doador pode ajudar, em média, até onze pessoas (receptores).

A doação de córneas, por exemplo, tem sido um dos focos na atuação da OSID. Tal procedimento exige, desde a captação do tecido até o transplante, a adoção de passos importantes, como identificar o potencial doador, buscar autorização para a doação junto aos familiares, conservar as córneas, agilizar o atestado de óbito, além de comunicar o ocorrido ao Serviço Social e à Comissão Intra-Hospitalar.

Na Bahia, conforme dados do Ministério da Saúde, foram realizadas no ano passado 363 operações de diversas modalidades, um incremento de 27,82% em relação ao ano anterior. Os transplantes de córneas e de rins responderam por 90% do total desses procedimentos no estado. Já em todo o país foram 18.989 transplantes em 2008 – um aumento de 9% no comparativo com 2007. Existem, atualmente, 529 centros e 1.366 equipes autorizadas a realizar operações em todo o território nacional, sendo que na Bahia são 25 unidades e 40 equipes em atividade.