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História do CESA

02 de June de 2009

O Centro Educacional Santo Antônio (CESA), que completa 45 anos de existência no dia 13 de junho,  foi o núcleo de atendimento da OSID que passou por mudanças mais profundas ao longo dos anos, devido à necessidade da adoção de uma nova identidade e missão. O centro nasceu em 1964 como um orfanato, no qual Irmã Dulce abrigava meninos sem referência familiar. O terreno onde a freira ergueu o abrigo foi doado pelo então governador Lomanto Júnior. Desde o início de suas peregrinações pelos bairros pobres de Salvador, nos idos da década de 40, Irmã Dulce recolhia crianças e jovens em situação de risco – na época, muitos dos meninos e meninas órfãos ou fugidos de casa tornavam-se ‘capitães de areia’, formando bandos que praticavam pequenos furtos e estavam expostos a todo tipo de violência e miséria. A freira, como sempre, ia além da compaixão: agia, passando por cima das dificuldades para lhes proporcionar segurança e dignidade. No início acolhia-os em espaços improvisados no Hospital Santo Antônio, onde lhes dava alimentação, instrução básica e cursos profissionalizantes de carpintaria, alfaiataria e ferraria. Somente com a doação do terreno do Núcleo Agrícola do Estado por Lomanto Júnior ela teve como organizar minimamente a assistência. O local passou a chamar-se Centro de Recuperação de Menores Abandonados. 

Com a nova estrutura, o centro foi crescendo devagar por conta das dificuldades financeiras, alterando depois sua denominação para Centro Educacional Santo Antônio.  O CESA passou a ser uma referência no amparo a órfãos, crianças abandonadas, filhos de pacientes internados no Hospital Santo Antônio que não tinham recursos para criá-los, que encontravam no local a instrução escolar, a doméstica, cursos profissionalizantes e muito carinho até os 18 anos, quando só saíam depois de terem a garantia de um abrigo e emprego assegurados. Na década de 80, o CESA já abrigava 305 crianças e nos seus 174 mil metros quadrados de área já existia uma escola, capela, ginásio de esportes, biblioteca, dormitórios, oficinas de artesanato, marcenaria, carpintaria e datilografia.

A distância do CESA, 21 km de Salvador, em relação ao hospital nunca foi empecilho para a total dedicação de Irmã Dulce. Era certa a sua presença pelo menos duas vezes na semana, as quartas e sábados, quando acompanhava pessoalmente os assuntos administrativos, além do tempo que dedicava a cada um dos internos, distribuindo carinho, ouvindo as queixas, apaziguando os ânimos e participando de brincadeiras.

Em 1993 foram iniciadas as mudanças nas diretrizes de trabalho pois o modelo de internato já não atendia às transformações que ocorriam no ambiente externo. Mudança que também foi impulsionada com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990. A nova missão foi definida, com a extinção gradativa do internato, valorizando o papel da família, e a adoção do ensino em tempo integral através da educação pelo trabalho e para trabalho, uma escola a partir de então aberta também à comunidade local.

 

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