Já está em exibição na mídia a nova campanha das Obras Sociais Irmã Dulce. A partir da veiculação de peças publicitárias em meios como TV, rádio, jornal e TV Bus, a iniciativa visa reverter o cenário de queda no volume de doações junto ao maior complexo de saúde da Bahia com atendimento 100% gratuito. Apesar do crescimento substancial no número de atendimentos, as arrecadações junto à instituição vêm apresentando um saldo negativo. No ano passado, por exemplo, o valor obtido com as doações, incluindo pessoas físicas e jurídicas, caiu 8% no comparativo com 2006. Enquanto isso, a OSID registrou 4,3 milhões de atendimentos na área ambulatorial em 2007 – um incremento da ordem de 16,6% frente ao balanço anterior –, além de contabilizar anualmente 22 mil internamentos e 12 mil cirurgias. Hoje, apenas 3% das despesas da entidade são pagas com doações. De acordo com a assessora de marketing da OSID, Monica Melo, a ação acompanha ainda uma outra proposta, que é a de sensibilizar o empresariado baiano para a necessidade de ampliar sua participação no apoio ao trabalho realizado pelas Obras, pois atualmente apenas 1,5% das doações vêm de empresas. “A ajuda da iniciativa privada é fundamental para a manutenção dos serviços hoje prestados pela instituição, principalmente na área da saúde”, pontua. Entre os instrumentos utilizados para tentar fomentar essa parceria com o segmento empresarial, está o Selo Empresa Irmã, mecanismo criado com o propósito de incentivar e reconhecer o papel do empresariado que apóia o trabalho social das Obras. Através dessa iniciativa, companhias de qualquer porte podem se inscrever para apoiar as atividades da instituição, desde o estímulo ao voluntariado junto aos funcionários da própria empresa, até o patrocínio de projetos com incentivos fiscais. Em contrapartida, a unidade empresarial poderá utilizar o selo em materiais de divulgação e nas embalagens de seus produtos. Além dessa ferramenta, qualquer pessoa pode fazer hoje sua doação para as Obras, através do telefone 0800-284-5284. Ainda de acordo com Monica, a queda nas doações, somada ao aumento da demanda de pacientes e dos custos – notadamente de pessoal, material, medicamentos e atualização tecnológica –, já vem produzindo um ambiente de forte pressão sobre a estrutura de atendimento das Obras. Segundo dados da entidade, somente a despesa com pessoal já responde pela maior parte dos gastos, representando este ano 43,83% dos custos, seguida ainda dos serviços médicos (16,85%).