Hospital é referência no Oeste Baiano
22 de September de 2008
Construído pelo governo do estado e administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), o Hospital do Oeste (HO) vem despontando hoje como uma referência para os cerca de 900 mil habitantes da região oeste da Bahia. Dados fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde (SESAB), do Serviço de Prontuário do Paciente (SPP) e do Setor de Faturamento do HO revelam números animadores, em especial, no atendimento prestado através das unidades de terapia intensiva e de queimados do hospital – especialidades até então inexistentes no Oeste Baiano.
Entre os exemplos da melhoria no atendimento hospitalar junto às comunidades locais, está o serviço atualmente prestado pela UTI Neonatal do HO, setor que vem trazendo inovação e esperança às milhares de famílias lotadas em Barreiras e em toda a região. Há dez anos, a taxa de sobrevivência de recém nascidos considerados prematuros extremos –, ou seja, que nasciam com peso inferior a 1.200g – chegava a quase zero. Entretanto, com a unidade de terapia intensiva, instalada no hospital em janeiro do ano passado, o índice de sobrevivência dessas crianças já chega a 89%. Graças a esse trabalho, a taxa de mortalidade neonatal caiu de 26,4% em 2006 (antes da implantação do HO), para 6,3% no final de 2007.
A dona de casa Marluce Lima de Araújo, que mora no povoado de Perdizes – zona rural de São Desidério (distante 70 km de Barreiras) –, é uma das beneficiadas do progresso verificado na saúde pública da região. Marluce teve um bebê prematuro, pesando apenas 640 g, e depois de três meses a criança, que recebeu os cuidados da UTI, saiu do HO pesando 2.200 g.
Para Marina Barbizan, líder de enfermagem da UTI Neonatal, além da infra-estrutura necessária, a unidade trouxe para o oeste um atendimento diferenciado. “Nós recebemos pacientes de toda a região e temos todos os equipamentos fundamentais para atender os bebês prematuros. É importante ressaltar que a unidade neonatal é uma família. Cada criança prematura que chega é sinônimo de uma família que ganhamos. Criamos um vínculo com os pais e com o recém-nascido”, comenta.
Dotada de equipamentos especializados para atendimento a pacientes críticos, a Unidade de Queimados do Hospital do Oeste também vem possibilitando hoje uma taxa de sobrevivência da ordem de 100% entre as pessoas atendidas. Aliado a esse cenário, um estudo realizado entre janeiro de 2007 e julho de 2008 revelou que a permanência média dos pacientes nessa unidade foi de 18 dias – resultado dentro dos padrões averiguados em outros hospitais de referência na Bahia e no Brasil no atendimento a queimados.
De acordo com o Dr. Gustavo Guimarães, diretor clínico do HO, antes da unidade de queimados em Barreiras, as pessoas que sofriam queimaduras de grandes proporções ficavam com seqüelas permanentes. “As pessoas não tinham atendimento adequado. Hoje, aqui no HO, temos médicos especializados em cirurgia reparadora e os resultados são positivos”, avalia.