Trabalho em educação da OSID recebe Top Social
21 de November de 2005
O case “CESA – A Educação mudando vidas” rendeu as Obras Sociais Irmã Dulce o prêmio Top Social 2005 oferecido pela Associação de Dirigentes de Marketing e Vendas da Bahia (ADVB-BA), em parceria com a Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP-BA) e a Associação Comercial da Bahia (ACB). Os vencedores do prêmio foram anunciados no dia 09 de novembro, durante café-da-manhã realizado na sede da ACB, no Comércio. A entrega das premiações ocorrerá no dia 14 de dezembro, às 19h, no Bahia Othon Palace Hotel.
O Top Social é o mais importante prêmio de responsabilidade social do Norte/Nordeste e tem como objetivo reconhecer e premiar programas de responsabilidade social das organizações que contribuem para o desenvolvimento do Estado. Além das Obras, receberão também o prêmio a Fundação Odebrecht, Coelba, Conder, Dow Brasil Nordeste Ltda, Embasa, Hospital São Rafael, Instituto Sol, Instituto Telemar S/C, Petrobras Petróleo Brasileiro S/A, Secretaria da Fazenda, Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte e o Shopping Piedade.
A análise dos cases foi feita por uma equipe de cinco profissionais: a coordenadora geral do Faça Parte, Maria Lucia Reis; a especialista em educação ambiental e responsabilidade social, Alessandra Peixoto; o criador e diretor do Instituto ADVB de Responsabilidade Social, Lívio Glosa; o coordenador do programa UNV do Brasil, Dirk Hegmanns; e o doutor em Direito Comercial pela USP, Antonio Carlos Bonetti.
O case - Implantado desde 2003 no CESA, o Programa de Atendimento e Inclusão Social (PAIS) dá condições a que cerca de 700 jovens e adolescentes tenham acesso à educação básica de qualidade, às diversas formas de expressão e linguagens, à inclusão digital, à iniciação profissional e a serviços de promoção à saúde. Na cidade de Simões Filho, o programa ganha ainda mais importância. Num município com 80 mil pessoas, a população infanto-juvenil corresponde, segundo dados da Secretaria de Trabalho e Ação Social, a 53,1% dos habitantes e grande parte da população economicamente ativa não tem rendimento ou ganha entre um e dois salários mínimos.
Os espaços para cultura restringem-se a poucas quadras mal conservadas; não há cinemas, teatros ou clube disponível para a população. A oferta de emprego no município é escassa, os postos de trabalho não atendem à demanda da população economicamente ativa e, neste contexto, os jovens ficam ainda mais excluídos, tendo como única alternativa o mercado informal que lhes oferece tão somente atividades como vendedores de frutas, carregadores, cuidadores de crianças, trocadores em transportes alternativos. Esse conjunto de aspectos sócio-econômicos mantém um ciclo de exclusão social que o programa busca reverter.
Entre 2003 e 2005, o PAIS conseguiu reduzir os índices de reprovação e evasão escolares, capacitou profissionalmente jovens nas áreas de panificação e confeitaria, tecelagem, informática, produção de órteses e próteses e cultivo hidropônico. Dos jovens que participam das atividades no CESA, 46% alcançaram inserção no mundo do trabalho, sendo 36% em organizações e 10% através de iniciativas de auto-gestão. Conseguiu-se ainda uma maior participação dos pais nas atividades escolares dos filhos, melhoria nas relações interpessoais entre os alunos e o fortalecimento da auto-imagem e da identidade, quando se verifica uma maior participação desses jovens nas decisões referentes a questões de seu entorno.
O atendimento no CESA é baseado na filosofia de Irmã Dulce do amor ao próximo e aos mais carentes, aliado ao profissionalismo e dedicação da equipe técnica. Ao longo desses anos de trabalho, iniciados em 1964, quando o centro educacional ainda era chamado Centro de Recuperação de Menores, são muitos os exemplos de jovens que abandonados pela sociedade, foram acolhidos pelo trabalho de Irmã Dulce, estudaram e tiveram seus destinos alterados. Os jovens do CESA vêm descobrindo o sentido da dignidade através da educação e do trabalho.