O legado do Amar e Servir ganhou mais um capítulo memorável na casa da Mãe dos Pobres durante o último final de semana. Oitenta escoteiros, de vários estados do País, traduziram em entrega, suor e sorriso a verdadeira essência do voluntariado, a partir da realização de inúmeros serviços na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). O nobre gesto foi resultado do 27° Mutirão Nacional Pioneiro (MutPio) – maior e mais importante atividade do Ramo Pioneiro dos Escoteiros do Brasil. O MutPio 2018, que nesta edição aconteceu em Salvador, escolheu a instituição do Anjo Bom como uma das entidades sociais beneficiadas com a realização de atividades voluntárias. A goiana Giovana Costa, de 20 anos, que pela primeira vez participou do evento, falou sobre a “satisfação” de realizar ações que agregam valores: “O serviço ao próximo é o lema dos escoteiros”.

Entre as cenas de solidariedade protagonizadas pelos jovens escotistas na última sexta e sábado (12 e 13) estão a execução de serviços de jardinagem, pintura, varrição e lavagem de áreas comuns, em apoio aos núcleos de Higienização e Manutenção das Obras Sociais. Organizados em equipes, rapazes e moças com idades entre 18 e 21 anos se encarregaram, por exemplo, da varrição e lavagem do antigo Pátio das Tartarugas, no Hospital Santo Antônio, além de podar, varrer e regar o campo localizado na Unidade de Alta Complexidade Nossa Senhora de Fátima (Unacon). Outros grupos cuidaram ainda da pintura dos bancos do corredor da Lavanderia e do Centro de Acolhimento e Tratamento de Alcoolistas (CATA). Destaque também para a realização de tarefas nos estacionamentos do Santuário, Rampinha, e Abaeté 1 e 2, com serviços como pintura no piso, poda e limpeza.

Depois da jornada, os escoteiros aproveitaram para experimentar as delícias servidas no Dulce Café e conhecer mais sobre a trajetória do Anjo Bom da Bahia, visitando o túmulo da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, na Capela das Relíquias, o Memorial Irmã Dulce e o histórico galinheiro onde a religiosa baiana deu início às Obras Sociais.

A superintendente da OSID, Maria Rita Pontes, que acompanhou a ação, lembrou que Irmã Dulce “sempre buscou essas parceiras, principalmente nos tempos heroicos”, e destacou pontos análogos entre a filosofia escoteira e a missão das Obras, como a certeza de que “a felicidade está em servir ao próximo”. O sentimento de gratidão de Maria Rita foi compartilhado por Ilka Campos, 2ª vice-presidente dos Escoteiros do Brasil, que considerou “uma oportunidade única” o fato de os escoteiros “poderem servir em uma instituição voltada ao serviço, como as Obras de Irmã Dulce”.

Tudo indica que este encontro entre o Movimento dos Escoteiros e a OSID – organizado pela coordenadora do Voluntariado das Obras, Salma Araújo; em parceria com a coordenadora do módulo Serviço do MutPio, Ana Borges, e com o coordenador geral do evento, André Lemes – irá gerar novos frutos, sobretudo com a possiblidade de atividades voluntárias no Centro Educacional Santo Antônio (CESA).

Escotismo no mundo e no Brasil – Fundado na Inglaterra, em 1907, por Robert Baden-Powell, o escotismo é um movimento educacional de jovens que conta com a colaboração de adultos, valoriza a participação de todas as origens sociais, raças e credos e se configura como a maior organização mundial de voluntariado em prol da educação, hoje com 50 milhões de integrantes. O Movimento Escoteiro acredita que, por meio da proatividade e da preocupação com o próximo e com o meio ambiente, é possível formar jovens empenhados em construir um mundo melhor, mais justo e fraterno. No Brasil, surgiu em 1924 como uma associação sem fins lucrativos que desenvolve trabalhos de educação continuada de crianças, adolescentes e jovens, valorizando o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social na formação de cidadãos conscientes e atuantes. Atualmente, os Escoteiros do Brasil contam com mais de 100 mil registrados em todo o país, sendo 25 mil voluntários adultos. Para conhecer mais sobre o Movimento Escoteiro acesse www.escoteiros.org.br.