Um time muito especial entrou em campo no último sábado (5), durante a abertura do jogo entre o Bahia e o Flamengo na Arena Fonte Nova: 11 pacientes da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Nossa Senhora de Fátima (Unacon), das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), acompanharam os jogadores tricolores antes da partida, ação que integrou as iniciativas do Esporte Clube Bahia em apoio ao Outubro Rosa, campanha de conscientização para prevenção do câncer de mama.

Na participação, as mulheres assistidas pela Unacon vestiram a nova camisa #OutubroRosa, lançada pelo Bahia na sexta-feira (4), com o intuito de chamar a atenção para o tema. A peça também foi usada durante o jogo – válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro – pelo goleiro do Esquadrão de Aço, Marcos Felipe, reforçando a importância da informação, do autoexame e do diagnóstico rápido para o combate ao câncer de mama.

“Foi maravilhoso ter essa oportunidade de levarmos para o campo um assunto tão importante e que ainda é um tabu”, afirmou Miralva Santos, paciente oncológica que enfrentou o câncer de mama durante nove anos. Enfermeira da OSID e paciente da Unidade de Oncologia, Celeste Almeida destaca que a ação representou o papel da coletividade no enfrentamento da doença: “a descoberta e o tratamento não são fáceis, mas encarar de frente e ter apoio de outras pessoas nesse processo é fundamental”.

O câncer de mama é a doença que mais acomete mulheres no Brasil, principalmente a partir dos 35 anos de idade. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados 73,6 mil novos casos em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. O Ministério da Saúde afirma que cerca de 17% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis, mas ressalta que o rastreamento precoce permite identificar a doença em estágios iniciais e aumentar as chances de cura.

“Iniciativas como essa nos ajudam a alcançar mais pessoas e levar à frente a missão do cuidado e conscientização sobre o câncer, expandindo o conhecimento sobre questões relacionadas à doença e garantindo que tenhamos cada vez mais tratamentos efetivos”, destacou a líder da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Nossa Senhora de Fátima, Vivyana Passos.